sexta-feira, 28 de maio de 2010

Uma nova amiga

No passado fim de semana, conheci uma nova amiga. Chama-se Lolita.

Amiga, que bem poderá vir a ser a minha namorada, o que por mim já era...! Desde que a Lolita chegou até que se foi embora não mais a larguei: ora cheirava, ora corria atrás dela, ora lhe dava mordidelas carinhosas, ora a vigiava enquanto dormia, ora brincava com ela, ora voltava a cheirar, ora fazia (ou tentava fazer não fossem os meus donos ralhar-me) um xixi para a marcar pois a partir de agora é só minha aquela fofinha.


"Eu sei que ainda és muito nova e pequenina, mas eu espero-te minha amada Lolita..."


Aqui ficam algumas fotos destes maravilhosos momentos















quarta-feira, 19 de maio de 2010

Displasia da anca

A displasia da anca é uma doença que afecta a articulação coxo-femoral , também denominada da anca. Esta articulação é formada pela cabeça do fémur e a cavidade acetabular dos ossos da bacia, e é responsável pela transmissão das forças da coluna vertebral pelo membro posterior até ao solo quando o animal anda ou corre. Para que esta articulação funcione correctamente é necessário que exista uma coaptação perfeita das duas superfícies ósseas (redonda da cabeça do fémur e côncava do acetábulo), mas também resistência dos tecidos moles envolventes como a cápsula articular, ligamento redondo (liga a cabeça do fémur ao acetábulo, tal como a cápsula articular), músculos e tendões que envolvem a articulação.

O que é a displasia da anca?
A displasia da anca é uma doença de biomecânica de desenvolvimento, isto é, o animal nasce normal mas durante os seus primeiros meses de vida as articulações coxofemorais sofrem alteração na sua forma devido a falta de coaptação entre as superfícies ósseas originando deformação da cabeça do fémur. A falta de congruência articular origina artrose o que em muitos casos é responsável pela dor e consequente claudicação dos animais. A falta de congruência das superfícies ósseas articulares deve-se a um processo de maturação mais rápido do esqueleto relativamente aos tecidos moles (músculos, cápsula articular, ligamentos) o que faz com que exista lassidão (falta de resistência) destes e consequentemente incapacidade para manter o contacto normal entre as superfícies ósseas da articulação.
Esta falta de resistência dos tecidos moles envolventes da articulação origina precocemente sub-luxação articular (cabeça do fémur mal encaixada na cavidade acetabular) e posteriormente lesões de artrose.



E foi por causa disto que a minha veterinária aconselhou a minha dona para que se fizesse este exame, e assim foi... A semana passada lá fui eu para o consultório da "Tia" para fazer aquela coisa a que elas chamam radiografia.



Qual a importância de radiografar o meu animal?

Não existe nenhum teste genético para despistar um animal portador de genes para a displasia da anca. O exame radiográfico, é hoje em dia considerado o meio de diagnóstico que melhor permite despistar os animais que não tendo sinais clínicos de displasia da anca têm no entanto lesões compatíveis com a doença, sendo essas lesões um marcador da presença de genes para a doença. Os animais devem ser radiografados aos 12 meses para raças médias e grandes e 18 meses raças gigantes. O Rottweiller sendo uma raça grande deve ser radiografado aos 18 meses. A partir dos 5-6 anos de idade a avaliação torna-se mais difícil uma vez que podem existir lesões de artrose não relacionadas com displasia da anca. Por isso, para efeitos de despiste de displasia da anca dever-se-á evitar submeter radiografias de animais a partir desta idade.



Ah pois é! Acontece que eu nem fiquei a saber o que era uma radiografia, porque quando lá cheguei a Tia, depois de me "estragar" com mimos, rapou-me o pêlo da perna e deu-me uma injecção que logo de seguida adormeci tão profundamente que não me apercebi de nada!!


Porquê anestesiar o animal para realizar o exame radiográfico?
A anestesia geral permite um relaxamento muscular total e dessa forma conseguimos posicionar correctamente o animal para o exame. Caso contrário teremos de repetir várias vezes a radiografia até obter um rx de boa qualidade. Sem um posicionamento correcto é impossível atribuir uma classificação à radiografia. Por outro lado o relaxamento muscular permite observar a lassidão da articulação com maior facilidade e dessa forma sermos mais precisos na avaliação.



Quando acordei, sentia-me estranho, meio zonzo!!!!
Passado um bocadinho, apareceram os meus donos e lá fui eu para casa descansar e dormir, dormir e dormir... Estava tão mas tão preguiçoso...

Quanto aos resultados do exame, ouvi a veterinária dizer aos meus donos que fui classificado no grau A. A anca do lado direito está perfeita, estando mesmo acima dos 105º (se não me engano), enquanto a anca esquerda está entre os 100º e os 105º.


Qual o significado dos diferentes graus da classificação da displasia da anca?
Os graus atribuídos na classificação da displasia da anca em Portugal são os graus definidos pela Federação Cinológica Internacional e que se identificam por letras: A, B, C, D, E.
Os graus A e B são animais sem sinais radiográficos de displasia da anca, os graus C, D, e E correspondem a animais com sinais de displasia da anca. O grau C corresponde a displasia ligeira, o grau D displasia moderada e o grau E displasia grave.



Está muito bem, visto que, se bem me recordo, os meus papãs tinham classificação B.

Agora ando aqui com uma peladela na pata que estraga um pouco o meu ar sedutor e engatatão, mas já está a crescer e brevemente...

"Ladyes, voltei mais girasso do que nunca !!!" ;)



Fonte: http://www.cpc.pt/registos/displasia/guia_criador.pdf